Artemise Galeno
LEITO DE MORTE
Quando a
morte por ela bradou
Num álveo
místico e suspeito
Do agro fel
da maldade tive medo
Mísera dor
que rasgou meu peito.
Embaracei-me
entre a razão e a fé
Vê-la padecendo em seu frívolo leito.
Estremecido,
segurei suas mãos álgidas
O dia ainda
não havia findado
Permanecia
em mim meio covarde
O grito que
não pôde ser bradado.
Prossegui
medíocre por dentro
Ao ver seu
rosto desfigurado.
Adentrei no
tribunal do fim dos tempos
Fui acusado
merecidamente sem paz
Fui réu e
desabei com atilamento
Que eu
pereça fielmente mais e mais
Como uma
luz que acelerada se apaga
Como um eco
que sem pressa se desfaz.
Por ela, divorciei-me
do encanto das tentações
Estive às
portas do céu... Uma saída
Expus meu
anjo que dormia nos meus braços
Poderia
alguém devolver-lhe a vida?
O bálsamo
do seu corpo gélido espargiu
Não podia
ali deixá-la. Ela a mim pertencia...
Meu canto
fúnebre retumbava como afago
Dei-lhe em
morte que em vida não ousaria.
Grande sensibilidade manifestada pela autora. Parabéns,caro Celso,pela iniciativa.��������
ResponderExcluirExcelente texto!👏👏👏👏👏👏👏👏
ResponderExcluirRica oportunidade! obrigada senhor Celso.
ResponderExcluirParabéns!
ResponderExcluirQue beleza de texto!
ResponderExcluirParabéns!