Entrevistas

Entrevista com Hawany Nawar Everton Maranhão: O Poeta que Encanta com suas Palavras

Postado em 08/03/2024
Por Celso Ricardo de Almeida
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Hawany Nawar Everton Maranhão, conhecido carinhosamente como "Inconsistente", é mais do que apenas um nome entre os talentosos poetas contemporâneos. Nascido em São Luíz-MA, no dia 10 de março de 2002, sua jornada literária o destacou não apenas como um escritor promissor, mas também como um educador apaixonado e um competidor respeitado em concursos literários em todo o país. Com conquistas notáveis, incluindo o 3° lugar no Estadual do Congresso de Trovadores de Anchieta-ES (2019) e o 3° lugar a nível nacional na categoria Poesia Independente do Congresso de Trovadores de Iúna-ES (2019), Hawany também se destaca entre os 50 melhores poetas estaduais no Concurso da Flic (2019). Além disso, sua presença se faz marcante em projetos colaborativos como "Poemas para Ler em Tempos de Quarentena - Volumes I, II e III".

Nesta entrevista, exploraremos a mente criativa por trás do pseudônimo "Inconsistente", mergulhando em sua experiência como participante desses projetos literários e a importância que eles têm em sua vida e na comunidade literária como um todo. Vamos descobrir o que o inspira, o que o motiva e como ele vê o seu papel na difusão da arte da poesia, especialmente em tempos desafiadores como os que vivemos.

“Em tempos desafiadores como a quarentena de COVID-19, acredito
que o escritor desempenha um papel crucial ao oferecer escapismo,
reflexão e conexão através da literatura”


1) Você poderia nos fazer uma apresentação sobre você e seu trabalho literário, destacando suas principais realizações, inspirações e o que você busca transmitir através de suas obras?

Me chamo Hawany Nawar Everton Maranhão, tenho 21 anos e sou natural de São Luís, no Maranhão. Sou escritor a nível nacional pela Academia Capixaba de Letras (ACLAPTCTC), possuo algumas antologias publicadas, tanto nas edições de “Poemas para Ler em Tempos de Quarentena”, quanto em “Poesia para Apaixonados”. Minha principal inspiração foram as dificuldades da vida. Vir de onde eu vim e ser escritor seria uma das tarefas mais difíceis que poderia enfrentar. Em minhas poesias, tento passar reflexões críticas sobre algum contexto social ou aspectos da realidade habitual de forma subjetiva e crítica. 

2) O que o motivou a entrar para o Grupo Momentos de Reflexão e a participar das antologias "Poemas para Ler em Tempos de Quarentena"?

A troca de conhecimentos, vivências e o trabalho em grupo, além de conhecer as diversas realidades e pensamentos dos colegas poetas espalhados pelo Brasil, foram fatores que influenciaram minha entrada para o grupo. Em relação à escrita para as antologias, acredito que havia algo a ser dito, algo que não poderia ficar apenas para mim, algo que deveria alcançar outras mentes e talvez pudesse ajudar alguém em um momento ruim. Isso fez com que eu entrasse nesse processo de escrita.

3) Como essas experiências contribuíram para sua jornada literária e como você percebe o papel desses projetos na comunidade durante períodos desafiadores como a quarentena?

Escrever durante a pandemia cria outros valores em relação ao que realmente importa em nossas vidas, ao que é necessário priorizar. A criação de e-books gratuitos foi uma maneira de levar cultura para toda uma comunidade sem pensar em ganhos, mas sim na transformação que poemas poderiam trazer para a vida das pessoas em um período tão delicado. 

4) Como você vê o papel do escritor na sociedade, especialmente em tempos desafiadores como a quarentena que vivemos recentemente?

Em tempos desafiadores como a quarentena de COVID-19, acredito que o escritor desempenha um papel crucial ao oferecer escapismo, reflexão e conexão através da literatura. Suas palavras podem inspirar, confortar e desafiar, proporcionando um meio de compreender e lidar com as experiências coletivas de dificuldade e isolamento. O escritor também tem o poder de documentar e interpretar os eventos históricos, contribuindo para a compreensão e registro da época em que vivemos. 

5) Qual foi o impacto para você de participar do projeto "Poemas para Ler em Tempos de Quarentena"? Como você acha que a sua escrita pode oferecer conforto e inspiração durante períodos difíceis?

Ajudar as pessoas foi o principal ponto de partida para participar do projeto. O principal impacto de participar do projeto foram as oportunidades que foram criadas após a conclusão de um ciclo e até mesmo de conseguir perceber que sou capaz de fazer parte de algo grande. Minha escrita é baseada no ato reflexivo. A reflexão, por sua vez, pode ser capaz de esclarecer questões internas que prejudicam o indivíduo no seu processo de aceitação ou de percepção da realidade. 

6) O que você aprendeu ao participar dos quatro volumes de "Poemas para Ler em Tempos de Quarentena"? Como você percebeu a evolução da sua escrita ao longo desses volumes?

O principal ponto de aprendizagem foi: "Enquanto algumas pessoas diziam para, outras gritavam 'continua'". Dar valor ao que pode e foi construído, trazer voz para quem não teve voz, entender que mesmo em tempos difíceis sempre existirá uma luz para que possamos nos apoiar. Tudo isso fez parte da minha escrita ao longo dos quatro volumes, e minha evolução na escrita se mostrou presente ao compreender significados que nem mesmo acreditava que existiam. 

7) Qual foi a sua experiência ao participar do grupo de WhatsApp "Momentos de Reflexão"? Como esse grupo de apaixonados pela literatura contribuiu para o seu desenvolvimento pessoal e literário, e de que forma você percebeu o impacto das trocas de ideias e experiências neste grupo?

Foi uma experiência acolhedora e reconfortante, onde todos os membros compartilham seus textos e incentivam a continuação dos ciclos dos outros escritores. Acredito que o trabalho coletivo desenvolvido juntamente com os demais integrantes desenvolve um aspecto muito importante em nossas vidas, a coletividade. As trocas de ideias estimulam a criação poética, e diferentes perspectivas são capazes de criar diferentes resultados. 

8) Neste aniversário de 4 anos do grupo, que mensagem você gostaria de compartilhar conosco? Como você reflete sobre o percurso do grupo ao longo desses anos e quais são suas esperanças e desejos para o futuro desta comunidade?

Neste aniversário de 4 anos do grupo, gostaria de expressar minha admiração pela jornada que vocês percorreram juntos. Ao longo desses anos, testemunhei o crescimento, a colaboração e o apoio mútuo que definiram a essência desta comunidade. Cada membro trouxe sua voz única, experiência e paixão pela escrita, enriquecendo o grupo de maneiras profundas e significativas. Ao refletir sobre o percurso do grupo, é inspirador ver como vocês se uniram para compartilhar conhecimentos, inspirar uns aos outros e criar um espaço de criatividade e expressão. Cada desafio superado, cada conquista celebrada e cada momento compartilhado contribuíram para fortalecer os laços desta comunidade.

Para o futuro desta comunidade, espero que continuem a cultivar esse espírito de colaboração, apoio mútuo e criatividade. Que vocês sejam uma fonte de inspiração uns para os outros, motivando-se a alcançar novos patamares e explorar novas fronteiras na escrita e na expressão artística. Que este próximo ano seja marcado por ainda mais crescimento, aprendizado e realização para todos os membros do grupo. Que cada palavra escrita, cada ideia compartilhada e cada conexão feita contribua para o florescimento contínuo desta comunidade. 

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Entrevista com Rassul Candulo Janato: A Sensibilidade e Expressão Poética de um Escritor Moçambicano




Bem-vindos à coluna “CRA – Conversas Reveladoras”. Hoje, temos o prazer de receber um talentoso escritor moçambicano, Rassul Candulo Janato, conhecido também pelo pseudônimo "Asyene_Mbumba". Nascido em Massangulo, na Província de Niassa, Rassul traz consigo uma trajetória literária que remonta aos primórdios de 2007, quando iniciou sua jornada como escritor. 

Rassul é membro do CEPAN - Clube de Escritores e Amigos do Niassa, uma associação que tem fomentado a produção literária na região. Além disso, desde 2010, ele tem participado em várias obras de poesia a nível dos PALOPS (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa), destacando-se nas I, II e III Edições da Antologia "POEMAS PARA LER EM TEMPOS DE QUARENTENA". Seus poemas têm alcançado uma ampla divulgação em diversos canais sociais, jornais e revistas, cativando o público com sua sensibilidade e expressão poética.


Rassul Candulo Janato - Pseudônimo "Asyene_Mbumba"

 

Nesta entrevista, vamos explorar a jornada literária de Rassul Candulo Janato, sua visão sobre a cultura moçambicana e a importância da literatura na preservação da identidade cultural. Também teremos a oportunidade de conhecer seus projetos atuais e os desafios enfrentados pelos escritores em Moçambique.

Preparem-se para uma conversa enriquecedora com um autor dedicado e talentoso, cuja paixão pelas palavras tem conquistado corações e mentes em Moçambique e além. É um prazer dar as boas-vindas ao escritor Rassul Candulo Janato para nossa coluna.

Como você começou sua jornada literária em 2007? O que o inspirou a começar a escrever?

RJ: Muito obrigado Celso, por esta janela que me abrem. A Minha Jornada literária começa a dar mais luz em 2007 quando integrei um grupo de Jovens para fazer parte de uma Oficina Literária: Técnicas de Escrita e Leitura organizada pela ONG Leigos para o Desenvolvimento em parceria com a Biblioteca AFRICAMIGA na Cidade de Lichinga, a capital da Província do Niassa. Com a aprendizagem que tive, fui convidado a fazer parte editorial de um Semanário virado a matérias educacionais, onde passei a representar uma coluna “Sugestão de Leitura” o que me desafiou a ler muitos Livros, então começa a ganhar vida o bichinho de escrever poesia. A representante da organização Leigos, sugeriu-me a conhecer o CEPAN – Clube de Escritores Poetas e Amigos do Niassa, daí não teve mais freios.

Como é a cena literária em Moçambique atualmente? Quais são os desafios e oportunidades para os escritores moçambicanos?

RJ: Vejo que a cena literária em Moçambique está a bom rítimo, comparado há uns 10 anos. Há muitos jovens a integrar em associações/agremiações literárias e a mostrar o seu potencial. Sinto que os escritores mais antigos e com grande experiência estão mais abertos a alavancar o jovem. Agora, as oportunidades para escritores são limitadas principalmente para os emergentes, contudo há muitos jovens a abraçar a arte de escrever e que conseguem lançar uma obra embora com muito sacrifício porque poucos são os patrocinadores, e os poucos que apoiam não abragem a muitos escritores. 

Você poderia falar sobre sua participação nas obras de poesia das Antologias "POEMAS PARA LER EM TEMPOS DE QUARENTENA"? Qual é a importância da poesia durante momentos desafiadores como a quarentena?

RJ: Quando recebi o convite, para fazer parte do Grupo de Whatsapp “Momentos de Reflexão” fiquei tão emocionado, pois vi nisso uma oportunidade de partilhar espaço literário com o Mundo. Participar desse projecto, tem sido muito importante para mim, pois o livro por si só é um bálsamo para dores da mente e da alma, e saber que estou contribuindo para balssamar a dor de muita gente num momento não comum como a quarentena não tem preço. A quarentena fez-nos perceber  o quanto ter um livro é sempre bom.

 


Praça da Independência Cidade de Maputo, Capital de Moçambique 

Além das Antologias "POEMAS PARA LER EM TEMPOS DE QUARENTENA", em quais outros projetos literários você participou e quais foram suas experiências?

RJ: Nunca me esqueço da primeira aparição em uma Obra literária através do CEPAN, o JOIA NIASSA: Metáforas do Ventre, a Revista de Artes e Letras KILIMAR que é produzida na Cidade de Quelimane, Província da Zambézia. Estas participações foram abrindo novos horizontes em minha linha de escrita, e tenho notado bastante evolução na forma como escrevo.

Como você vê o papel da literatura na preservação e promoção da cultura em Moçambique? Como os escritores podem contribuir para manter viva a identidade cultural do país?

RJ: A literatura não é muito bem percebida como parte da cultura de uma sociedade pelos Moçambicanos. A maior parte dos moçambicanos, descartam a literatura na cultura. Mas graças a actividades que várias agremiações literárias vem fazendo de modo a difundir a essência da literatura fazendo de tudo para participações em grandes eventos sejam sociais ou do Governo. Com isso a literatura já vem ganhando espaço na mente dos moçambicanos. Os escritores, desempenham um papel muito importante na manutenção da identidade de um País, pois a literatura está para além fronteiras e se escrevermos sobre as potencialidades turisticas, Tradicionais, culturais em geral do nosso país, com certeza mantemos vivo e em destaque a nossa identidade para todas as gerações. 

Quais são os temas ou questões recorrentes em sua escrita? Existe algum assunto específico que você goste de explorar em seus poemas?

RJ: Na verdade tenho muito me inspirado em vivências. Levo a poesia no seu sentido geral, mas sou mais sentimentalista retratando o Amor, a Saudade e causas sociais.

Como a internet e as redes sociais têm afetado o mundo da literatura e a forma como os escritores compartilham suas obras?

RJ: A internet e as Redes sociais, veio revolucionar a forma como sempre a literatura foi feita. Hoje em dia não preciso necessariamente lançar uma  Obra impressa para o mundo saber que existo. Basta um clique e estou em todo o mundo. Mas há que ter muito cuidado com essas plataformas, porque lá encontramos tudo e todos, sob risco de termos nossas criações plagiadas, principalmente quando partilhamos textos não licenciados. Mas contudo penso vamos melhorando na forma como usamos essas plataformas sociais na literatura e Graças a esses meios de comunicação, estou aqui partilhando meu cordão literário, directamente de Moçambique. (risos)

Quais são seus escritores ou poetas favoritos em Moçambique e no mundo? Eles influenciam sua própria escrita de alguma forma?

RJ: Uau, (suspiro) eu leio de tudo, mas ler o Mia Couto, Noémia de Sousa, Lino Mukuruza, Francelino Wilson (Krosson), Eduardo White, José Craveirinha, Rui Knopfil me deixa nos céus, gosto também de me deliciar de Aguinaldo Silva, Oswaldo Montenegro, Mário Quintana, Hilda Hilst, José Peixoto. Esses escritores me inspiram bastante, o Mia Couto tem uma linha literária que me encanta bastante principalmente a forma como ele aportuguesa alguns termos de línguas locais em seus textos. Uauu.  

 Quais são seus planos ou projetos futuros na área da literatura? Existem novas obras ou colaborações em que você está trabalhando atualmente?

RJ: Pretendo lançar uma obra de Poesias e actualmente estou fazendo revisão dos meus textos e procurando parcerias para o efeito. O CEPAN e seus membros tem ajudado muito nisso. Estou também a trabalhar em colaboração com outros escritores no lançamento de duas Antologias para além da "POEMAS PARA LER EM TEMPOS DE QUARENTENA" O que aprendi com a pandemia.

Para finalizar, qual conselho você daria para jovens escritores em Moçambique que desejam seguir uma carreira na literatura?

RJ: Dizer que, a literatura é uma maravilha em todos os sentidos. Como tenho dito: “Somos todos poetas escondidos em nós mesmos”  o jovem escritor precisa explorar mais a leitura, porque se menos ler, menos poderá escrever, menos poderá despertar o bichinho, buscar sempre experiências com os escritores mais antigos, temos que criar mais grupos de interacção literária de modos a recriarmos sem ferir a linha literária e graças a internet é possível fazer isso.

 

Para terminar mesmo, endereçar o meu muito obrigado mais uma vez a ti Celso, ao Jornal Cultural Rom, ao Brasil e ao mundo inteiro por esta oportunidade, que venham mais jovens nesta coluna maravilhosa.

 

Assante, Kanimambo, Koshukuro, Zikhomo = Obrigado em algumas linguas locais mais faladas em Moçambique

 

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Entrevista com o Irmão Sérgio Chicareli Venerável Mestre da Loja Maçônica Casa do Caminho do Oriente de Fervedouro-MG

   



Para início de conversa, faça uma apresentação, quem é o Irmão Sérgio Chicareli?

VENERÁEL SÉRGIO CHICARELI - Sérgio Chicarelli é residente em Fervedouro na rua Aparecida Vicente de Oliveira, tenho 48 anos, trabalhei durante 25 anos na Viação Rio Doce como Fiscal e hoje trabalho na Mecânica Santos com lanternagem e Pintura.

 

Conte-nos um pouco de sua trajetória Maçônica junto à Loja Maçônica Casa do Caminho?

VENERÁEL SÉRGIO CHICARELI - Fui iniciado na Maçonaria, na mesma Loja, em 18 de novembro de 2008, elevado em 31 de agosto de 2009, exaltado no dia 3 de agosto de 2010 e instalado no dia 3 de junho de 2014. Ao longo desses anos exerci vários cargos na Loja, sendo que fui tesoureiro por vários anos consecutivos. E a segunda vez que fui eleito Venerável Mestre.

 

O que é ser Maçom para você?

VENERÁEL SÉRGIO CHICARELI - Ser Maçom é estar sempre me lapidando como ser humano e cumpridor de meus deveres.

 

Para você o que é ser Venerável Mestre?

VENERÁEL SÉRGIO CHICARELI - Ser Venerável Mestre é ter a confiança dos demais Irmãos para conduzir a Loja.

 

Acredita que você está capacitado para ocupar esse cargo?

VENERÁEL SÉRGIO CHICARELI - Acredito que sim, pois aprendi muito com outros Irmãos mais experientes e estou muito bem auxiliado.

 

Qual é a equipe que estará te auxiliando durante o período em que estiver a frente da Venerança da Loja?

Minha Loja é composta de apenas 14 Irmãos, portanto, conto com o auxílio de todos, mas tem sempre aquele que chega junto, no meu caso o meu secretário, o tesoureiro e os vigilantes.

 

Você assumiu a Venerança da Loja num período difícil, que está sendo a Pandemia do Covid-19, você considera que isso prejudicou sua atuação como Venerável Mestre?

VENERÁEL SÉRGIO CHICARELI - Na verdade a pandemia prejudicou em muito pois as reuniões presenciais não estão acontecendo e com isso muitos acabaram desanimando dos compromissos Maçônicos.

 

Como esta sendo a condução, que você está dando a Loja, nesse período de Pandemia, Isolamento Social e etc?

VENERÁEL SÉRGIO CHICARELI - Os trabalhos estão quase parado infelizmente e por não ter reunião presencial eles estão acontecendo virtualmente e não é a mesma coisa.

 

Quais serão suas ações para administrar o retorno das atividades Ritualísticas da Loja após a Pandemia?

VENERÁEL SÉRGIO CHICARELI - Vamos voltar às reuniões presenciais assim que puder e seguir todos os protocolos de segurança.

 

Quais seriam os seus planos junto as Cunhadas, Sobrinhos(as)? Há algum trabalho envolvendo eles que você deseja implementar junto a loja?

VENERÁEL SÉRGIO CHICARELI - Voltando as reuniões presenciais todas as cunhadas serão convidadas a interagirem com os trabalhos da loja.

 

Estaremos com nova equipe no Grão Mestrado da GLMMG, onde o nosso Irmão Sérgio Quirino irá assumir como Grão Mestre e juntamente com os Irmãos Rodrigo Otávio e Rogério Laguna nas Grandes Vigilâncias. Qual a sua expectativa para esse novo Grão Mestrado?

VENERÁEL SÉRGIO CHICARELI - Acredito que faram um bom trabalho junto a direção da Grande Loja Maçônica de Minas Gerais.

 

Deixe uma mensagem para os Irmãos de sua Loja bem como para os Irmãos das Lojas da região?

VENERÁEL SÉRGIO CHICARELI - Caros Irmãos da Casa do Caminho e Lojas da região oro ao Grande Arquiteto do Universo para que essa pandemia passe logo e com as graças Dele muito em breve estaremos juntos em Loja, mas por enquanto, se protejam, pois, essa covid-19 não é brincadeira.



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Entrevista com o Irmão Rodolfo Ribeiro Coutinho Venerável Mestre da Loja Maçônica Sabedoria e Silêncio do Oriente de Espera Feliz-MG

  


Irmão Rodolfo com a Cunhada Daiana 

Irmão Rodolfo Ribeiro Coutinho

Para início de conversa, faça uma apresentação, quem é o Irmão Rodolfo Ribeiro Coutinho?

Venerável Rodolfo – Eu sou Rodolfo Ribeiro Coutinho 39 anos, Casado com a cunhada Daiana Januário de Souza Coutinho há 16 anos, tenho um filho Pedro Januário Coutinho de 5 anos, Empresário no ramo de comunicação visual e morador de Espera Feliz desde dia do meu nascimento. 

Conte-nos um pouco de sua trajetória Maçônica junto à Loja Maçônica Sabedoria e Silêncio?

Venerável Rodolfo – Iniciei na loja em 02/10/2013, desde então galguei todos os graus 1.2.3 sempre trabalhando e fortalecendo as colunas desta casa, hoje estou prestes a instalar como Venerável Mestre.

O que é ser Maçom para você?

Venerável Rodolfo – Primeiro uma honra, depois vindo de uma família onde meu avô foi Maçon e tios e primos também, sempre me interessei por se tornar um, não pela curiosidade mas sim pelo exemplo que deixaram pra mim como pessoas e como Maçons valorosos que foram. Pra mim o ser Maçom é sempre tá procurando ser justo e perfeito tanto na Maçonaria quanto no mundo profano, acredito que a perfeição nunca alcançaremos, mas temos que busca-la sempre nos lapidando a cada dia mais.

Para você o que é ser Venerável Mestre?

Venerável Rodolfo – Uma responsabilidade muito grande, saber que estamos veneráveis e que transmitimos ordens e não damos ordens, pra mim um cargo onde temos que saber mais ouvir que falar, e valorizar muito acima tudo todos Irmãos obreiros da nossa oficina pra assim conseguir ter um pleito tranquilo e evolutivo pra Loja em todos os aspectos.

Acredita que você está capacitado para ocupar esse cargo?

Venerável Rodolfo – Acredito que estou pronto, capacitado vou saber se fui quando passar minha vez ao próximo que for, e ver se deixei melhor do peguei, pronto sim pra fazer o melhor pra minha Loja junto com a ajuda dos meus valorosos irmãos e pedindo sempre ao GADU que me dê sabedoria e capacidade pra sempre olhar o melhor para os Irmãos e principalmente pra loja.

Qual é a equipe que estará te auxiliando durante o período em que estiver a frente da Venerança da Loja?

Venerável Rodolfo – Como o quadro de obreiros da minha loja hoje tá bem reduzido, além dos 1° e 2° vigilantes e os outros cargos conto com apoio de todos os Irmãos, estamos vindo de um momento muito difícil tanto para Maçonaria quanto no mundo todo, espero uma união maior de todos, tanto dos nossos valorosos Irmãos da casa quanto também dos Irmãos visitantes para fortalecer nossas colunas e assim nos recuperar o quanto antes de tudo isso que passamos recentemente.

Você assumiu a venerança da Loja num período difícil, que está sendo a Pandemia do Covid-19, você considera que isso prejudicou sua atuação como Venerável Mestre?

Venerável Rodolfo – Muito, não só a venerança como toda a Maçonaria, não podendo ter sessões presenciais prejudicou todo nosso processo desde pagamento de mensalidades quanto a iniciação e regularização de novos irmãos pra nos fortalecer... Acredito e penso que assim que voltar teremos que promover muitos eventos entre lojas até pra aproximar mais os Irmãos.

Como esta sendo a condução, que você está dando a Loja, nesse período de Pandemia, Isolamento Social e etc?

Venerável Rodolfo – Infelizmente estamos parados aguardando agora um decreto municipal para voltar, durante todo período fizemos apenas algumas reuniões administrativas pra resolver problemas burocráticos somente, as sessões online não planejamos por muitos Irmãos ter uma dificuldade grande com essa tecnologia ainda.

Quais serão suas ações para administrar o retorno das atividades Ritualísticas da Loja após a Pandemia?

Venerável Rodolfo – Primeiro vamos aguardar um novo decreto municipal pra voltar as reuniões e como poderemos voltar... se com a capacidade total e quais medidas de proteção por exemplo, mas assim que liberar estaremos voltando e vamos correr atrás deste tempo perdido. Penso muito que todos nós da 45° delegacia principalmente vamos ter que nos unir como nunca, pra uma loja tá fortalecendo a outra e assim voltar a normalidade, por isso que acredito que novos eventos entre as Lojas serão muito importante pra essa união.

Quais seriam os seus planos junto as Cunhadas, Sobrinhos (as)? Há algum trabalho envolvendo eles que você deseja implementar junto a loja?

Venerável Rodolfo – Tenho uma vontade enorme e vou criar sem dúvida que é o departamento feminino da Loja, hoje a mulher tá muito comprometida e envolvida na sociedade e na Maçonaria acredito que não pode ser diferente. Já para os sobrinhos hoje temos aqui na nossa Loja co-irmã o capitulo Demolay que não sei como anda, tenho Irmãos valorosos no quadro que ocupava vários cargos lá, comprometo junto a eles saber como está a situação e procurar ajudar da melhor maneira possível e dentro do que for possível.

Estaremos com nova equipe no Grão Mestrado da GLMMG, onde o nosso Irmão Sérgio Quirino irá assumir como Grão Mestre e juntamente com os Irmãos Rodrigo Otávio e Rogério Laguna nas Grandes Vigilâncias. Qual a sua expectativa para esse novo Grão Mestrado?

Venerável Rodolfo – Expectativa hoje das melhores possíveis, são Irmãos que dispensam comentários. Primeira vez desde quando iniciei que vamos ter um Grão Mestre que foi e é tão comprometido com nossa região aqui, expectativa é acabar logo essa pandemia e poder iniciar os trabalhos pra conseguir mais unir esses laços fraternos.

Deixe uma mensagem para os Irmãos de sua Loja bem como para os Irmãos das Lojas da região?

Venerável Rodolfo – Para os Irmãos obreiros da minha Loja, peço muita união, sabedoria e muito comprometimento com a Loja e com a Maçonaria em todos os aspectos, tanto agora nessa fase e muito maior quando voltarmos aos trabalhos, para juntos conseguirmos voltar a ser como antes. Aos nossos valorosos Irmãos de toda região pedimos que reforcem nossas colunas e que estarei junto com os meus Irmãos aqui da Loja Sabedoria e Silencio também sempre de pé e a ordem a todos vocês, pra junto, somando forças conseguir sempre estreitar nossos laços fraternos e fortalecer a cada dia mais a Maçonaria.

 

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Entrevista Realizada com o Escritor Adilson Zotovici obreiro da Loja Maçônica Chequer Nassif-169 em São Bernardo do Campo-SP (Entrevista concedida originalmente ao Jornal Cultural Rol, podendo ser acessada no link: http://www.jornalrol.com.br/na-secao-entrevistas-rolianas-celso-ricardo-de-almeida-bate-um-papo-com-o-escritor-adilson-zotovici/)

 




E objetivando divulgar e apresentar os escritores de nosso imenso Brasil, o Jornal Rol traz para um Bate-papo, através da coluna Entrevistas ROLianas, desta fez junto ao Colunista Celso Ricardo de Almeida, o escritor de São Bernardo do Campo-SP Adilson Zotovici que é casado há 45 anos com Vivian Saccomanno Zotovici. Paulistano, estudou Marketing, foi representante comercial, industrial e atualmente, pequeno empresário do ramo de terraplenagem. Iniciado na Sublime Maçonaria há quase 30 anos, na Loja Maçônica Chequer Nassif-169 em São Bernardo do Campo-SP, onde permanece até hoje e exerceu todos os cargos e funções, destacando o de Orador em várias oportunidades e foi Venerável Mestre por duas administrações. Homenageado pela Câmara Municipal de São Bernardo do Campo como destacado Maçon da região. Participou da criação das "Paramaçônicas" da Grande Loja do Espado de São Paulo. Foi Delegado Distrital e posteriormente Delegado Regional do ABC do Grão Mestre da Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo entre outros cargos e funções. Escreveu diversos textos, cerimoniais, roteiros para encontros maçônicos, criador e realizador do projeto ELO, colaborador, com seus poemas, por muitos anos de vários importantes veículos de comunicações eletrônicos de divulgação da cultura maçônica, tais como no saudoso JBNEWS de Santa Catarina, no CHICO DA BOTICA do Rio Grande do Sul, do "Acácia 13" de São Paulo, no Grêmio Salvador Allende do Grande Oriente Lusitano de Lisboa Portugal entre outros, autor de livretos de poesias, com poemas publicados em diversos livros de vários escritores, autor do livro "Alma em Versos" (1999), coparticipação no livro "Momentos de Reflexão" e recentemente no livro e confraria "Maçons em Reflexão II" (2020). Autor do livro Versos a Maço e Cinzel (2020). Nesta conversa foi falado sobre sua obra, o processo criativo e sobre poesia de forma geral. Quer saber como foi? Então confira a entrevista a baixo.

CELSO RICARDO – Para iniciarmos o nosso bate-papo, conte-nos um pouco sobre a sua trajetória literária, como procedeu ao seu despertar literário, seus primeiros textos, como você se apaixonou pela literatura, pela poesia, enfim, fale-nos sobre você e a poesia!

ADILSON ZOTOVICI – Desde muito jovem tenho interesse pela literatura, mormente “poesias”, notadamente as rimadas, uma vez que assim, as palavras parecem ter vida.

CELSO RICARDO – Levando em consideração que a poesia é sua grande paixão, permita-nos pedir para você conceituá-la. O que é poesia para você? Como a define?

ADILSON ZOTOVICI – Poesia para mim é a forma imediata de comunicação entre a alma de quem a escreve com a de quem a lê.

CELSO RICARDO – Seus poemas têm alguma particularidade? Você obedece algum estilo literário?

ADILSON ZOTOVICI – Tem um pouco de história, lirismo e que há anos tenho minha preferência em escrevê-los em sonetos.

CELSO RICARDO – Você tem alguma técnica para construir seus poemas? Você inicia a construção de um poema simplesmente com uma ideia, com uma palavra ou com uma imagem, ou necessita de mais outros procedimentos ou inspirações?

ADILSON ZOTOVICI – Inicio um poema baseado num tema que me chama muito a atenção, que desperta um sentimento e a vontade de gravar em letras meu pensamento. Desenho o assunto em minha mente e passo para o papel, de uma só vez, depois, abandono o trabalho por um tempo e o esqueço (às vezes por horas, dias, semanas ou meses), voltando a ele posteriormente quando então o critico e o realizo. 

CELSO RICARDO – Em sua avaliação quais os pontos fortes e os fracos de seu trabalho?

ADILSON ZOTOVICI – Quando jovem, comecei escrevendo sobre temas românticos, identificando-me posteriormente, com a riqueza dos temas oriundos da Sublime Instituição Maçônica, da qual faço parte há quase trinta anos, onde creio que dado os assuntos inesgotáveis, dediquei-me deveras a eles, e outros eventuais temas mas, que para mim, satisfazem.  

CELSO RICARDO – Quais os temas ou assuntos que você mais gosta de transformar em poesia? Tem algum em específico?

ADILSON ZOTOVICI – O cotidiano, como relatei, sirvo-me da essência dos inesgotáveis e culturais temas maçônicos que além do prazer, creio, vão ao âmago das questões, norteados em toda uma rica história e conhecimentos passados por aqueles quem nos antecederam. Esporadicamente, escrevo algum tema político ou romântico.

CELSO RICARDO – Em linhas gerais, o que te inspira a escrever?

ADILSON ZOTOVICI – A grandeza e a premência do tema e seu conteúdo, o compartilhamento e a convicção da comunicação para com o leitor. Destaco que passei a escrever em poemas, notadamente em sonetos, os temas maçônicos que acreditei e acredito, serem uma forma rápida, sucinta, sutil e graciosa, de passar uma ideia, um pensamento, alguma cultura, uma informação, em que o público alvo leia na íntegra e que à vezes, ainda que restrito a algum especifico assunto, absorva,  critique e o compreenda.

CELSO RICARDO – Você consegue escrever em qualquer lugar, qualquer ocasião ou necessita de algum preparo, de alguma rotina literária?

ADILSON ZOTOVICI – Quando vem a ideia, escrevo em qualquer lugar, aliás, parece imperioso que assim o faça. Todavia, gosto muito de escrever durante a madrugada.

CELSO RICARDO – Aproximadamente quantas poesias você tem escritas?

ADILSON ZOTOVICI – Infelizmente algumas poesias perderam-se, mas, creio que ainda, contando os livros, brochuras, arquivos, tenho mais de duas mil poesias.

CELSO RICARDO – Tem algum autor nacional ou internacional que te inspira? E por quê?

ADILSON ZOTOVICI – Alguns, mas, destaco Augusto dos Anjos e o grande Fernando Pessoa, que leio, releio e não canso de ler.

CELSO RICARDO – Recentemente, no final do ano passado (2020), você fez o lançamento virtual, do livro, Versos a Maço e Cinzel, conte-nos sobre esse livro e qual foi à inspiração para escrevê-lo?

ADILSON ZOTOVICI – Escrevo poesias e as envio a grupos específicos, jornais e informativos eletrônicos nacionais e internacionais, que as tem publicado habitualmente. Vinha fazendo através do tempo, brochuras com poesias que distribuía a amigos e o último livro antes do acima citado, intitulado “Alma em Versos” foi editado há dez anos. Alguns irmãos de maçonaria que me acompanham há muito, aficionados dessa arte, que são verdadeiramente os maiores responsáveis pelas divulgações dos poemas através de suas redes de comunicações, tais como Pedro Albani, Marco Perottoni, João Shinagawa, Justo Chacon, Sinval Silveira, Francisco Domingues, Anestor Silva, entre outros, que muito grato, os considero parte primordial do meu entusiasmo em escrever sempre, vinham incentivando-me com veemência, para que colocasse em livros tradicionais ou mesmo virtuais nosso trabalho, argumentando que, dado o conteúdo das obras, era importante maior acesso a mais leitores, até mesmo oferecendo ajuda para que o fizesse. Assim, com o incentivo deles e notadamente com o apoio e participação de eruditos irmãos como o professor poliglota Newton Agrella, de meus filhos Dalton e Kleber, minha filha Fernanda Arquiteta Urbanista e ilustradora, e minha esposa Vivian, a qual tem participação efetiva desde o início, ouvindo, criticando e revisando a linguagem,  realizamos o “VERSOS A MAÇO E CINZEL”, que é uma coletânea  de um certo período, que em suas 260 páginas conta com perto de 400 poemas.    

CELSO RICARDO – O livro tem um título um pouco diferente/enigmático, “Versos a Maço e Cinzel”, o que significa esse título e o que significou para você esse livro?

ADILSON ZOTOVICI – O “Maço”, também conhecido como martelo ou marreta e o “Cinzel”, como buril ou talhadeira, são ferramentas ou instrumentos alegóricos utilizados pelos maçons, para o desbaste simbólico das asperezas da pedra bruta que originalmente somos, buscando o brilho que temos e que se encontra oculto. Intitulamos o livro “Versos a Maço e Cinzel”, em razão de nele estar consignados poemas que além do entretenimento que se espera de um livro de poesias, trazem um entendimento maior sobre a filosofia maçônica, que foram escritos segundo o trabalho que efetua o maçom, também chamado de “pedreiro livre”. Esse livro, não só para mim, mas, para muitas pessoas envolvidas em sua historia, significa uma feliz realização, que é possível sempre, realizar aquilo que buscarmos com efetividade e com perseverança.   

CELSO RICARDO – Como já mencionamos na pergunta anterior, o livro foi lançamento em uma reunião virtual, algo até então nova e pouco utilizada, visto que até então as maiorias dos lançamentos de livro eram realizados em encontros presenciais. Como foi essa experiência e você acha que isso tirou a importância ou o glamour o evento?

ADILSON ZOTOVICI – Bem! Na verdade eu preferiria o lançamento presencial, onde o contato direto com os leitores, revendo antigos e novos amigos é realmente muito prazeroso, uma festa, que jamais se esquece. Todavia, o lançamento deste livro foi postergado por um tempo, na esperança de que a pandemia de 2020 tivesse um fim breve. Com o livro pronto nas embalagens, pessoas que chamo carinhosamente de coautores e, baseado no sucesso do  lançamento oficial “virtual” “pioneiro” de um livro dessa espécie que tive a honra de participar, de iniciativa do sapiente e vanguardista escritor Celso Ricardo de Almeida, intitulado “Maçons em Reflexão II – Qual o Segredo da Maçonaria ?”, dado sua organização e participação de várias pessoas de todos os cantos do Brasil e do mundo, entusiasmamo-nos e assim o fizemos logo em seguida, nos mesmos moldes, o que para nós foi também um sucesso, trazendo-nos muita alegria, ficando todo e intenso glamour de um lançamento de livro, da forma que o momento permitiu, possibilitando outrossim, a participação de pessoas que viriam presencialmente e outras que, com certeza, não poderiam estar presentes dado sua distância domiciliar, locomoção etc.  

CELSO RICARDO – E falando em Covid19, em 2020 no auge do confinamento, com quarentena e outras coisas, como foi a sua produção literária? Você escreveu mais? Como você adaptou o escrever com esse período de dificuldade mundial?

ADILSON ZOTOVICI – Com o confinamento, sendo um pequeno empresário, deslocando-me ao trabalho raramente, tive ainda mais tempo para escrever. Mas, a preocupação com esse vírus que atinge toda humanidade, acabou por desviar-me um pouco, do grande e habitual entusiasmo de escrever, dado termos contraído esse mal, que felizmente, sem consequências drásticas, mas, lamentavelmente perdendo algumas pessoas amadas. Por outro lado, pela preocupação e até mesmo com a intenção de atenuar a angústia que assola o público alvo, e meus amigos, a “produção” de poemas, aumentou significativamente exatamente com temas a isso ligados, o que na verdade, não me apraz.

CELSO RICARDO – Para as pessoas que se interessaram pelo seu livro, como elas podem adquiri-lo?

ADILSON ZOTOVICI – Tenho um e-mail “livrodoadilson@gmail.com, que o interessado pode enviar seu pedido informando o nome e endereço completo, que logo ao recebê-lo, responderemos informando a forma de pagamento e a conta para depósito e despacha-lo, ao preço de R$ 40,00 mais despesas de envio (aproximadamente R$ 8,30 ). 

CELSO RICARDO – Publicar um livro no Brasil hoje é uma ação quase que impossível, visto as dificuldades de conseguir um financiamento público, o que induz aos escritores a financiarem com recursos próprios as suas obras, que na maioria das vezes não tem o retorno financeiro almejado. Para publicar o seu livro, você encontrou alguma dificuldade? Como foi o processo para a publicação de seu livro e o que você espera sobre as políticas culturais nacionais?

ADILSON ZOTOVICI – Para autores independentes, publicar um livro é uma façanha, a não ser com recursos próprios e, para esses, há editoras que indicam o “passo a passo” para sua realização. Quanto a retorno financeiro, não me parece um bom investimento vez que, tenho a impressão que há um pequeno número de pessoas que leem atualmente, mormente livros de poesias. Há muito não vejo incentivo cultural oficial.

CELSO RICARDO – Quais são as formas que você faz a divulgação de suas poesias e do seu livro? E você considera esse meio de divulgação eficaz?

ADILSON ZOTOVICI – A vários grupos específicos que acabam sendo multiplicadores, jornais, Lojas maçônicas, informativos de bom alcance como exemplo, o “tradicional Chico da Botica” do Rio Grande do Sul, nos mesmos moldes, do saudoso “JB News” de Santa Catarina, que fazem um belo trabalho de difundir a cultura maçônica. Para acesso a leitores distantes muito bom, para venda de livros, não tenho ideia.

CELSO RICARDO – Você acha que as redes sociais e os meios eletrônicos de forma geral são uma ameaça ao livro impresso?

ADILSON ZOTOVICI – Os livros virtuais são realidade e ocupam grandes espaços. Há que se adaptar a essa realidade, mas, creio que o livro impresso nunca se extinguirá, pois, como eu, conheço muitas pessoas que não se sentem tão confortáveis (ainda) com livros virtuais e que ao manipularem e folhearem livros impressos, sentem-se como se estivessem na história, sem contar o prazer de portá-los, vê-los apostos numa estante, numa biblioteca, numa mala de viagem, num lugar de honra, que é o seu lugar.   

CELSO RICARDO – Você já recebeu algum e-mail ou mensagem de seus leitores? E qual foi o seu sentimento?

ADILSON ZOTOVICI – Tenho sempre recebido de várias partes do Brasil e de fora, e o sentimento, além de gratidão, é de grande satisfação, não por elogios ou observações, mas, pela alegria do contato, do retorno, do compartilhamento, de saber que estão lendo e vivendo as singelas letras, o quem por si só, acaba por incentivar-me ainda mais a escrever e aprender com suas ponderações.

CELSO RICARDO – Como você avalia a procura pelos leitores de livros com a temática poética? Você classifica que os livros poéticos são bastante lidos ou necessita melhorar e caso necessite, o que podemos fazer para mitigar isso?

ADILSON ZOTOVICI – Creio que a procura com temática poética é restrita e aos livros de poesias, e especialmente de temática maçônica são raros. Talvez o incentivo das administrações centrais em conjunto com as Lojas Maçônicas, por gente da área, possa vir a estimular a leitura, despertando esse hábito.

CELSO RICARDO – Para finalizarmos, deixe aqui uma mensagem aos leitores, principalmente incentivando-os a lerem livros de poesias.

ADILSON ZOTOVICI – Meus amigos! A boa leitura, além do exercício mental necessário à boa saúde, trará também cultura, o entendimento e a paz espiritual que sempre buscamos, especialmente bons livros de poesias que em seu lirismo, buscam atingir o âmago de determinados assuntos ou temas, proporcionando momentos de descontração, de saudade, de alegria, de felicidade, do saber. Agradeço a todos desejando uma boa viagem ao mundo da poesia.

 

 

 

Um comentário:

  1. Bom dia. Simplesmente maravilhoso. Parabéns pela iniciativa Celso. As entrevistas são mesmo reveladoras e necessárias a para pessoas de um mundo em transição planetária como o nosso. Continue nesse caminho lindo escolhido pelo Iniverso para vc. Abraço. Silvia

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